Petróleo cai após acordo nuclear iraniano ser retomado
O dia 30 de agosto foi marcado por uma queda brusca no valor do petróleo, após uma estação de televisão pró-Teerã de Londres informar que o Irã e os Estados Unidos chegaram a um acordo sobre o Plano de Ação Abrangente Conjunto (JCPOA).
O barril do petróleo chegou a cair até U$ 6, com o Brent de referência global descendo abaixo dos principais preços de U$ 100.
Segundo um ex-funcionário da AIEA para o Iran International, “o Irã e os EUA chegaram a um acordo (sobre o renascimento do JCPOA) e será anunciado nas próximas duas ou três semanas”.
Valor do petróleo bruto Brent, referência global
Após o comunicado do acordo para reviver o JCPOA que poderia legitimamente colocar o petróleo da República Islâmica de volta ao mercado de exportação, a queda foi expressiva.
O petróleo bruto Brent, referência global negociada em Londres para o combustível, caiu US$ 5,34 para US$ 97,43 por barril às 14h24 (horário de Brasília), depois de cair mais de US$ 6 mais cedo, para uma baixa da sessão de US$ 96,64.
Já na referência para o petróleo dos EUA, o West Texas Intermediate bruto negociado em Nova York, a queda foi de US$ 5,57 para US$ 91,44 por barril após uma sessão de baixa em US$ 90,56.
Acordo nuclear estava cancelado desde 2018
O Plano de Ação Abrangente Conjunto, ou JCPOA, é a descrição oficial do acordo nuclear iraniano firmado em 2015. Ele foi elaborado entre Teerã e seis potências globais, sob a égide do governo Obama.
Em 2018, Donald Trump, presidente dos EUA depois de Barack Obama, cancelou o acordo e implementou sanções ao petróleo iraniano.
Agora, o presidente Joe Biden permitiu negociações com o Irã desde o ano passado, na tentativa de reviver o acordo.
O comunicado foi feito pela Iran Internacional, uma estação de televisão em língua persa sediada em Londres, transmitida gratuitamente via satélite, sendo destinada a telespectadores iranianos.
Seu relatório não pôde ser verificado imediatamente sem nenhum anúncio oficial vindo de Teerã ou dos Estados Unidos.
A identidade do ex-funcionário da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) também não é conhecida.
Fonte: Investing.com
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